Aleitamento materno é assunto mais que relevante nos dias de hoje, afinal, todos nós dependemos de uma boa alimentação para sermos saudáveis, imagina os bebes que precisam estar protegidos contra doenças que eventualmente os atingem. E de onde vem essa proteção ???. Confira no post abaixo a resposta e fique sabendo tudo sobre leite materno e suas vantagens. Boa leitura!!!
Saiba como deve ser a alimentação do seu recém-nascido
Dra. Mercedes Granja**
O leite materno é riquíssimo em anticorpos que protegem o bebê por toda a vida. Por isso, é o principal alimento para os primeiros meses. No entanto, é primordial acrescentar gradativamente outros nutrientes que serão fundamentais para a completa formação biológica e física. Veja quais são e a quantidade ideal.
Muitas famílias se preparam durante meses para a chegada do primeiro herdeiro, compram roupinhas, mobíliam o quarto, escolhem o nome, entre outros mimos para o pequeno. Quando ele chega, porém, a maioria dos pais se sentem assolados ou distraídos pelas inúmeras necessidades do mais novo membro da família, principalmente com tudo que diz respeito à alimentação. Logo, vêm as primeiras dúvidas: o que dar? Em qual quantidade?
Sem dúvida nenhuma, nos primeiros seis meses, o bebê deve ser alimentado única e exclusivamente com leite materno. Para essa fase da vida, este tipo de leite é o mais indicado, pois possui alto grau de digestibilidade gástrica e é totalmente compatível com as necessidades da criança. “O leite da mãe contém a correlação ideal entre os componentes nutritivos, como proteínas, gorduras, hidratos de carbono, sais minerais, vitaminas e água, além do colostro (secreção láctea dos quatro primeiros dias) que é riquíssimo em anticorpos e protege o bebê até que ele mesmo possa produzir seus anticorpos. O leite materno também diminui a incidência de alergias alimentares, infecções digestivas e doenças respiratórias, como a bronquite asmática”, diz a médica nutróloga, cosmiatra e professora de Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Mercedes Granja.
Caso a mãe, por algum motivo, não disponha do leite de peito, o melhor a fazer é procurar ajuda especializada, pois a introdução do leite de vaca deve ser cuidadosa. Há, no mercado, diversas opções de leites infantis, e o médico pediatra é, geralmente, quem pode melhor orientar sua escolha. Seja qual for o leite escolhido, é importante tomar cuidado com o preparo das mamadeiras, pois grande parte das diarreias são decorrentes da má higienização. “Todo material utilizado deve ser fervido, e a pessoa encarregada desse trabalho precisa lavar as mãos com água e sabão. Além disso, nunca espirrar ou tossir sobre o material”, ensina a médica.
Introdução de outros alimentos na dieta do bebê A criança amamentada ao peito precisa de complementação alimentar a partir dos seis meses de idade, enquanto a que é amamentada artificialmente, a partir dos quatro meses, pois nesta fase o bebê começa a crescer rapidamente.
A alimentação do bebê deve atender as suas necessidades particulares, sempre moldando e adaptando o cardápio, respeitando as características individuais, regionais e culturais. Em todo sistema alimentar é preciso haver um equilíbrio nutritivo e bom senso, principalmente da mãe e do pediatra. A introdução de outros alimentos possibilita um balanceamento nutritivo do cardápio, além de estimular o bebê a novos sabores e prazeres gustativos, de uma maneira natural e progressiva, sem abandonar o leite materno. Veja abaixo, algumas dicas da Dra. Mercedes Granja:
- Manter a amamentação natural até os doze meses, se possível.
- Escolher um ambiente agradável da casa.
- Sentar o bebê confortavelmente, de preferência no momento em que ele estiver com fome.
- O suco de frutas (laranja-lima, geralmente) pode ser iniciado no lanche da manhã e a papa de frutas (banana, maçã, mamão) no lanche da tarde a partir do sexto mês, para crianças amamentadas ao peito, e do quarto mês, para as demais. Sempre iniciar com pequenas porções, aumentando gradativamente conforme a aceitação da criança. Em seguida a cada um destes lanches, oferecer o leite materno ou o de vaca.
- A partir do sétimo e do quinto mês, respectivamente para crianças com amamentação natural e artificial, pode-se oferecer papinha de legumes no almoço e, após um mês, também no jantar. Da mesma maneira, o leite deve ser oferecido logo após. A gema de ovo pode fazer parte de uma destas refeições, começando-se em dias alternados e com um quarto de gema.
- Sobremesas à base de frutas naturais podem complementar o almoço ou o jantar e devem ser preferidas aos iogurtes e gelatinas.
- As carnes (frangos, peixe e carne, de preferência moídos) podem fazer parte das papinhas de legumes a partir de oito meses.
- Após um ano de idade, ou antes, a criança pode iniciar lentamente uma dieta com a consistência e variedade da alimentação de um adulto.
- Os alimentos que serão oferecidos ao bebê devem ser vegetais de boa qualidade e pequeno tamanho, cores e consistência firmes, inteiros, mantidos sob refrigeração, de preferência orgânicos e da época.
- No primeiro ano, evitar os alimentos alergênicos (principalmente se houver antecedentes familiares) como ovos, oleaginosas, soja, abacaxi e camarões; evitar os embutidos (devido aos nitratos cancerígenos), os industrializados (deixar reservados só para ocasiões especiais), os cogumelos e os peixes de mar (pelo risco de contaminação); evitar os vegetais sabidamente mais carregados de agrotóxicos (tomates, uvas, peras, pêssegos, batatas, morangos, maçãs) ou tomar cuidados especiais (deixar de molho em água bicarbonatada ou lavar com bastante água corrente); ao consumir alimentos crus, deixar de molho em água avinagrada – sempre que possível, preferir os orgânicos e os sanitizados.
- Para enriquecer ainda mais a alimentação, adicionar brotos (de feijão ou moyashi), oleaginosas trituradas (castanhas), cereais integrais (arroz, aveia, feijões), assim que o bebe tiver condições de mastigar as refeições.
Os vegetais de cores diferentes devem ser combinados, pois possuem nutrientes que se complementam e enriquecem as refeições. Veja como:
a) Azulados e arroxeados: antioxidantes, previnem o envelhecimento, tais como: amora, figo, uva roxa, ameixa, uva passa, repolho, batata e aspargo roxos, berinjela etc.
b) Verdes: contém fitoquímicos anticancerígenos, vitamina A e cálcio, ótimos para os ossos, dentes, visão; folatos e vitamina K (formação e coagulação do sangue) e luteína (degeneração macular, no espinafre e brócolis), tais como: maçã, pera e uva verde, abacaxi, melão, kiwi, lima, alcachofra, rúcula, aspargos, grãos verdes, couve-flor, brócolis, couves, aipo, chuchu, pepino, chicória, alho-porró, quiabo, ervilha, pimentão, espinafre, agrião e cebolinha.
c) Brancos ou amarronzados: alicina (cebola e alho), ricos em cálcio e potássio, fibras e vitaminas E e do complexo B, combatem o colesterol e os cânceres, tais como: banana, tâmara, nectarina, pera escura, couve-flor, milho branco, alho, gengibre, alcachofra, cogumelos, cebola, batata, nabo, nozes, cereais integrais e aveia.
d) Amarelos e alaranjados: ricos em antioxidantes (principalmente vitamina C), carotenos (anticancerígenos) e bioflavonóides (favorecem o coração e a circulação), vitamina B 3 e ácido clorogênico ( beneficiam o sistema nervoso), tais como: maçã, pera e figo amarelo, damasco, melão, limão, manga, nectarina, laranja, mamão, caqui, abacaxi, tangerina, pêssego, abóbora, repolho, batata doce, tomate etc.
e) Vermelhos: lotados de licopeno e ácido elágico (atuam como anticancerigenos e antienvelhecimento), ajudam o coração e a memória, tais como: maçã, uva, pera, batata, pimentão e cebola vermelha, cereja, amora, toranja, romã, morango, framboeza, beterraba, chicória, rabanete e tomate.
“A boa nutrição de bebês e crianças de hoje é o passo mais importante em direção à saúde na terceira idade. A alimentação atua de forma contundente no crescimento da criança. Além da nutrição, não se esquecer das outras atividades inerentes à infância, como brincadeiras, estudos, vida social etc”, finaliza a médica.
Dra. Mercedes Granja** - É Médica formada pela Universidade São Francisco - Faculdade Bandeirante de Medicina; especializações médicas em Nutrologia e Patologia Clinica; pós-graduação em Dermatologia e Medicina Estética; extensão universitária em Mesoterapia Clínica e Estética em Bordeaux-França; educação continuada em Geriatria pela USP; membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e da American Academy of Dermatology; professora da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.
Fonte do texto: Holding Comunicações
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