Médicos e Defesa do Consumidor defendem pacto social para alimentação saudável desde a infância
Por Chico Damaso**
- Um pacto nacional por uma dieta saudável para os brasileiros começa a se desenhar por iniciativa de médicos e da Defesa do Consumidor. Em 10 de novembro, a Associação Paulista de Medicina (APM) e a PRO TESTE Associação de Consumidores promovem um simpósio para debater problemas como a elevada quantidade de gordura, o abuso do uso de conservantes e o excesso de açúcar e sal em alimentos industrializados.
- Já está confirmada a presença do ministro da saúde, José Gomes Temporão. Participarão também, ao lado de APM e PRO TESTE, os presidentes e diretorias das representações nacionais dos profissionais de medicina – Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos – de sociedades de especialidades, como a Nutrologia, a Pediatria, a Endocrinologia e a Cardiologia, além do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicato dos Médicos de São Paulo, entidades de defesa do consumidor, entre outros.
- Diversos problemas em alimentos são recorrentes e já foram detectados nos testes comparativos feitos pela PRO TESTE, principalmente com excesso de açúcares e gorduras. Na avaliação de 18 marcas de cereais matinais foram encontrados pouca gordura, muito açúcar e sódio que colocam em risco a saúde principalmente de crianças.
- A Associação lança campanha em favor de uma alimentação mais saudável para as crianças que incluem ações pela modificação pela indústria da composição dos produtos alimentícios destinados à infância, até a limitação da propaganda voltada a esse público. Outras análises apontaram problemas semelhantes de desequilíbrio nutricional em iogurtes, batata fritas, picolés e achocolatados; além de cafeína, açúcar e aditivos em refrigerante de cola e excesso de edulcorantes na versão diet/light.
- O Simpósio Pacto Social para a Alimentação Saudável desde a Infância da APM/PRO TESTE fará um raio-X completo dos problemas do setor, inclusive debatendo causas e conseqüências. Ao fim dos trabalhos, divulgará a Carta de São Paulo com contribuições para a revisão da legislação e maior fiscalização do setor. Desde já o entendimento é o de que não pode haver liberalidade com produtos sabidamente prejudiciais à saúde.
- O documento será encaminhado para o Ministério da Saúde, para representantes da indústria e entidades de saúde, já que a busca de uma alternativa para reduzir a quantidade desses ingredientes é essencial para diminuir a incidência de diabetes, hipertensão e obesidade.
Fonte: Chico Damaso** - Jornalista chefe do Site Nutritotal - É especialista em jornalismo nas áreas de saúde e medicina. Formado em jornalismo há 20 anos pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero.
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