Tire suas dúvidas
A maneira como a gordura está distribuída no corpo interfere nos riscos para a saúde?
- Sim. Hoje se sabe que a gordura intra-abdominal - mais freqüente nos homens - tem uma maior capacidade de contribuir para problemas metabólicos e cardiovasculares do que a gordura localizada nos quadris - mais freqüente nas mulheres. Para se ter uma idéia, uma circunferência abdominal medida com fita métrica, em pé e ao nível do umbigo maior que 94 cm para homens e maior que 80 cm para mulheres já está associada a um risco aumentado para a saúde independente de haver um excesso de peso.
- Indiretamente sim. Elas podem contribuir para fenômenos compulsivos e freqüentemente prejudicam a prática regular de atividade física. Mas tanto a ansiedade quanto a depressão não conseguem estimular a formação de gordura de uma forma direta, ou seja, sem estar acompanhada de um aumento do consumo calórico ou diminuição da atividade física. O que se observa é que o paciente muito ansioso ou deprimido tem, às vezes, dificuldade de avaliar o que come, podendo subestimar a quantidade de calorias ingeridas. Na depressão é freqüente haver uma redução nos níveis de serotonina, favorecendo o aparecimento de episódios compulsivos. Acredita-se ainda que em situações de estresse prolongado, um aumento da secreção de cortisol pelo organismo pode levar a uma maior formação de gordura a partir dos alimentos consumidos.
- Dos vinte anos em diante, há uma redução progressiva da massa magra podendo chegar a 30% de redução aos 90 anos. Essa redução causa uma diminuição no metabolismo basal, não apenas aos trinta anos, mas gradativamente ao longo dos anos. O que muitas vezes acontece por volta dos 30 anos é uma tendência a uma mudança no estilo de vida com redução da atividade física e aumento das oportunidades sociais relacionados à alimentação mais calórica.
- Na grande maioria das vezes, não. As pílulas mais modernas, de baixa dosagem, interferem pouco no organismo da mulher e, quando isso acontece, é através da retenção de líquidos e não de gordura. Em casos isolados, porém, os anticoncepcionais (orais ou injetáveis) podem apresentar aumento de apetite como efeito colateral e, nesse caso, é recomendável que sejam substituídos por outro método anticoncepcional com orientação do ginecologista.
- Além dos problemas de saúde, a obesidade traz uma série de problemas sociais como dificuldades para comprar roupas, conseguir empregos, freqüentar locais públicos e até mesmo de se envolver afetivamente.
- Grande parte destas dificuldades está relacionada com um falso preconceito de que o obeso é uma pessoa descuidada, sem força de vontade e sem vaidade, o que só reforça o seu medo da rejeição e a diminuição de sua auto-estima.
- Na verdade, não existe um traço psicológico típico da pessoa obesa e o que se observa é que o tratamento adequado permite que ela possa resgatar uma convivência social saudável.
Fonte: Herbarium.Net/Endocrinologia.com.br
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