A maioria das doenças é causada pela interação de fatores individuais e ambientais e, por essa razão, podem ser evitadas. Portanto, a associação entre dieta e a ocorrência de doenças crônicas é reconhecida pela maioria da população.
Nas últimas décadas, o modo de vida dos brasileiros alterou-se significativamente, com importante impacto no aumento da demanda na estrutura e nos serviços das cidades. O Brasil tornou-se rapidamente uma população predominantemente urbana. Os padrões de trabalho e lazer, alimentação e nutrição e saúde e doença aproximaram-se dos países desenvolvidos.
O país passa por um processo de envelhecimento populacional, de maneira que a esperança de vida do brasileiro chegou, em 2003, aos 71,3 anos. Estima-se que, até em 2025, o país apresente uma das maiores populações de idosos do mundo. De outro lado, houve importante redução das taxas de mortalidade infantil e queda significativa da fecundidade.
O perfil de doenças que acometiam a população também foi modificado. As doenças infectoparasitárias, responsáveis por 46% das mortes em 1930, apresentaram redução especialmente nas regiões Sul e Sudeste, sendo substituídas por doenças dos aparelhos circulatório e respiratório e as neoplasias. A essa substituição progressiva dos perfis de saúde denomina-se transição epidemiológica.
De modo semelhante às transições epidemiológica e demográfica, a transição nutricional corresponde às mudanças negativas verificadas nos padrões alimentares, caracterizada por aumento do consumo de alimentos de origem animal, gorduras, açúcares refinados, alimentos industrializados e relativamente reduzida quantidade de carboidratos complexos e fibras.
Ao padrão alimentar atual associa-se a crescente incidência de doenças crônicas não-transmissíveis como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de cânceres. De outro lado, não foram erradicadas as doenças decorrentes da carência calórica e de micronutrientes, como a desnutrição, hipovitaminose A, anemia por carência de ferro e os distúrbios de iodo.
Origem do texto: Ministério da Saúde - CGPAN
Imagem: Google.Com
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