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sábado, 1 de novembro de 2008

Desnutrição da mãe deixa marca no DNA

Mais uma prova disso vem de um estudo feito com o material genético de pessoas que nasceram na Holanda no fim da 2ª Guerra Mundial, quando o país passava por um embargo de comida imposto pelos alemães entre dezembro de 1944 e junho de 1945. 

Cientistas dos EUA e da Holanda avaliaram o DNA de 122 pessoas. Metade do grupo estava no início da fase uterina quando o embargo começou (nascer am durante o embargo ou logo depois). Os dados deles foram comparados com os de seus irmãos, que não foram gerados nem nasceram no período de racionamento.

O resultado obtido no estudo, que será publicado hoje na revista “PNAS”, mostra que a falta de comida, nos primeiros meses de gestação, altera o material genético dos filhos. Nenhum deles, porém, nasceu abaixo do peso ou com algum problema evidente de saúde.

As análises mostraram que o gene IGF2 (fator de crescimento semelhante à insulina 2) dos holandeses que tiveram, nos anos 1940, suas mães expostas à privação de alimento, passou por um processo chamado pelos cientistas de alteração epigenética, que é diferente de uma mutação tradicional. “É a prova, mais uma vez, de que o ambiente tem um poder muito grande sobre os nossos genes”, disse o pesquisador americano Lambert Lumey, do Instituto de Psiquiatria do Estado de Nova York e da Universidade Columbia, principal autor do estudo.

O gene IGF2 dos fetos cujas mães passaram fome sofreu a perda de radicais de metila (CH3). A metilação (quando o grupo metila está preso ao DNA) é importante porque ela ajuda a silenciar genes que podem ser indesejáveis. No caso do IGF2, quando ele deixa de ser silenciado - a metilação sempre ocorre na cópia herdada da mãe -, o potente fator de crescimento que ele sintetiza pode ficar mais disponível no organismo.

Enviado por email pela nutricionista - Gisele Mêne de Castro

Fonte do texto: Jornal Amazonas Em Tempo -  www.emtempo.com.br 

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