ੴ ੴ Vamos participar minha gente. A união, faz a força!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre Diabetes Mellitus!!!

Texto muito bom sobre Diabetes Mellitus da **Dra. Jocelem Mastrodi Salgado. Apresentado numa linguagem simples e descomplicada, leia, informe-se mais e cuide-se, o ganho é todo seu e de sua família. Fique sempre atento aos sinais, e aprenda como deve proceder caso você ou alguém que você conheça apresente algum desses sintomas.

Diabetes Mellitus


O diabetes mellitus é uma disfunção metabólica, com manifestações diversas. Ocorre quando há falta de insulina ou o organismo não reage adequadamente à ela (resistência à insulina), causando um aumento da taxa de GLICOSE no sangue (hiperglicemia). A insulina é o principal responsável pelo aproveitamento e metabolização da glicose pelas células do nosso organismo, com finalidade de gerar energia. A insulina é produzida pelo pâncreas (glândula do sistema digestivo) e sua falta ou ação deficiente acarreta modificações importantes no metabolismo das proteínas, das gorduras, sais minerais, água corporal e principalmente da glicose.

O diabetes possui vários tipos, sendo os mais comuns o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2:


Tipo1 - DIABETES MELLITUS INSULINO-DEPENDENTE

  • É mais comum em crianças, jovens e adultos jovens e necessita, geralmente, de insulina para o seu controle.

Tipo 2 - DIABETES MELLITUS NÃO INSULINO-DEPENDENTE

  • É o tipo mais freqüente de diabetes, aparecendo geralmente após os 40 anos de idade. Em cerca de 90% das vezes a pessoa é obesa. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode ser controlado com dieta e exercícios físicos. Contudo, pode necessitar de medicamentos orais e por fim, a combinação destes com a insulina.

COMO O DIABETES SE MANIFESTA?

  • Como todos os tecidos do corpo humano necessitam de um fornecimento constante de glicose, o diabetes pode afetar todos os órgãos e predispor ao aparecimento de várias doenças. Em geral, os sintomas não aparecem isoladamente, sendo os mais comuns: sede excessiva (polidipsia), excesso de urina (poliúria), muita fome (polifagia), cansaço, lesões nas pernas ou nos pés de difícil cicatrização, infecções freqüentes (pele, urina e genitais), alterações visuais, ganho de peso ou emagrecimento.
  • Muitas pessoas adultas têm diabetes e não sabem. Os sintomas muitas vezes são vagos como formigamento nas mãos e pés, dormências, dores nas pernas, infecções repetidas na pele e mucosas, sendo o diabetes confundido com outras doenças. Portanto, é importante que as pessoas com mais de 40 anos de idade pesquisem e passem por exames e avaliação médica periodicamente.
  • O início do diabetes, geralmente, requer a associação de fatores genéticos com fatores ambientais e com o estilo de vida da pessoa. Entre os mais conhecidos encontramos a obesidade, o sedentarismo e as infecções. Assim, pessoas com forte histórico familiar da doença (pais, irmãos, tios, etc diabéticos), sedentárias, com excesso de peso (especialmente do tipo abdominal) e com mais de 40 anos, devem ter cuidado redobrado.
  • O diabetes não genético pode surgir após destruição das células do pâncreas responsáveis pela produção e secreção de insulina, como por exemplo em casos de alcoolismo crônico.
  • O diabetes tem tratamento e pode ser controlado. A manutenção da glicemia normal ou próximo ao normal, leva ao desaparecimento dos sintomas e previne as complicações.

Tratamento

  • O tratamento do diabetes pode ser feito à partir de dois grupos de medidas: as medidas não farmacológicas (sem medicamento) e as medidas farmacológicas (com medicamentos). As primeiras são formadas pela associação de dieta adequada com prática frequente de exercícios físicos e plano de educação com informações sobre saúde e diabetes.
  • Quando, após estas medidas, o controle adequado do diabetes não foi obtido, é indicado as medidas farmacológicas com a utilização de hipoglicemiantes orais ou a insulina. Os portadores de diabetes tipo1, já no início, devem usar insulina juntamente com as medidas não medicamentosas.

Orientação Nutricional


Quando o assunto é diabetes, uma dieta adequada começa bem antes de se sentar à mesa. É o que chamamos de Planejamento Alimentar: ou seja, escolher alimentos adequados, fracionar a alimentação, além de controlar o peso e equilibrar a quantidade do que se come com as calorias que se gastam.

  • Para saber o que comer, a orientação de um profissional como um nutricionista é fundamental, auxiliando na escolha certa dos alimentos. Além disso, é importante ter disciplina e seguir à risca o que for indicado. Em geral, deve-se evitar doces, bolos, leite condensado, chocolate, biscoitos e refrigerantes não dietéticos, além de não utilizar o açúcar branco para adoçar bebidas e demais preparações.
  • Vegetais e frutas frescas devem ser incluídos no cardápio por serem ricos em fibras, auxiliando na modulação da glicemia sanguínea. Os demais alimentos, como carnes magras, cereais (preferencialmente integrais), laticínios, etc, devem ser consumidos de acordo com o planejamento alimentar.

Dicas para controle do Diabetes em situações especiais:


O diabetes é uma doença que não tem cura, mas que pode ser totalmente controlável. Algumas situações especiais como festas, viagens, dietas, etc, fazem com que a rotina seja alterada. Se não adequarmos o tratamento à estas novas situações, a glicose sanguínea pode sofrer oscilações. Veja a seguir algumas dicas de como sair da rotina sem prejudicar o tratamento:

  • Festas, almoços e jantares fora de casa: Existem algumas formas de planejar adequadamente os passeios. Saber com antecedência o que vai ser servido e levar algo de acordo com o plano alimentar pode ser uma saída. Em restaurantes, o ideal é pedir alimentos assados ou grelhados, acompanhados de um bom prato de salada crua.
  • Consumo de bebidas alcoólicas: Para quem usa insulina ou comprimidos, bebidas alcoólicas podem representar perigo para o nível de glicose no sangue, uma vez que podem aumentar as taxas sanguíneas. Mas isso não significa que não se pode beber. Não é aconselhável, porém, tomar mais de duas doses por dia, considerando-se que uma dose-referência para o diabético equivale a um cálice de vinho, uma lata de cerveja ou meia dose de destilado. É imprescindível, também, fazer o teste do nível de glicose no sangue depois de beber. As bebidas alcoólicas devem ser consumidas lentamente e como acompanhamento da refeição. Sempre que possível, dar preferência à cerveja light ou sem álcool e combinar a bebida alcoólica com água mineral ou refrigerantes dietéticos.
  • Quando estiver doente: O diabetes pode ser mais difícil de se controlar quando a pessoa estiver doente. Nessas ocasiões deve-se ter sempre à mão fitas para medir a glicemia e um controle alimentar para o caso de ter hipoglicemia. Ë importante o acompanhamento médico, bem como o seguimento do tratamento proposto para o diabetes.
  • Em viagens: É freqüente ocorrer alteração no controle das taxas de glicemia, devido à mudança de horários. Será necessário rever o esquema de horários de alimentação e medicação. Ë importante que o diabético tente ao máximo manter sua rotina. Uma consulta ao médico pode auxiliá-lo a estabelecer novos horários. Estar bem controlado, tomar sempre o medicamento, manter a dieta e continuar praticando atividade física são ações imprescindíveis. Levar a carteira de identificação de diabético com dados pode ser fundamental em caso de socorro.
  • Quando fizer dieta para perder peso: Em dietas de emagrecimento, os diabéticos podem ter hipoglicemias, se estiverem tomando comprimidos hipoglicemiantes ou insulina. Assim, nunca devem iniciar uma dieta de perda de peso sem orientação médica e nutricional.
  • Quando for fazer exercícios físicos: O exercício físico regular tem um efeito importante para o controle da glicemia sanguínea. Entretanto, quando for fazer atividade física, o diabético deve alimentar-se com, no máximo, duas horas de antecedência. Ë importante exercitar-se sempre, preferencialmente nos mesmos horários, preferindo atividades aeróbicas (caminhada, natação, etc). Se a pessoa tiver problemas de sensibilidade nas pernas e pés, deve usar calçados especiais, confortáveis, ou tênis. Se tiver problemas graves de retina ou nos pés, não deve praticar exercícios violentos ou corridas.
Segundo a Dra. Jocelem, seguindo estes pequenos cuidados, aliados à autodisciplina e ao apoio médico e familiar, tornam mais fáceis o controle e manejo do diabetes. A pessoa com diabetes deve participar do próprio tratamento, sugerindo um programa alimentar adequado à seus hábitos alimentares e principalmente, às suas atividades cotidianas. O êxito do tratamento, depende principalmente da adesão do diabético ao planejamento médico e nutricional.

**Dra. Jocelem Mastrodi Salgado – é Profa. Titular de nutrição – LAN/ESALQ/USP e Presidente da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais.

**
Atenção: Este texto não serve como indicação dietoterápica, é somente explicativo e informativo. Para maiores detalhes, consulte seu médico, e para prescrição dietética, consulte seu/sua nutricionista.

Nenhum comentário: